sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Facebook meu, Facebook meu, há alguém mais popular do que eu?

Há.
Uns bons milhares de pessoas!... :D
Eu, Fada, me confesso: rejeitei a ideia e hesitei muito em aderir ao Facebook.
Fi-lo, há poucos anos, para poder ter acesso a umas fotografias dum grupo a que pertencia. E para ter a certeza que não publicariam fotografias de "mim"... :P

Sou esquisitinha com demasiada exposição... E não, comigo não vão ver fotos de biquini nem selfies, nem nada do género. Quem me conhece, não precisa de uma foto minha para me "pedir amizade", e quem não me conhece, não precisa de ser "meu amigo". Certo?
Com o Facebook, reencontrei pessoas que não via há muitos anos, e vou espreitando o que antigos colegas estão a fazer no momento, e uma ou outra publicação que me chama mais a atenção.
Pertenço a grupos com temas do meu interesse, e sigo uma ou outra página que me podem chamar a atenção, chegando a fazer likes em páginas de amigos, para divulgação de alguns dos seus produtos (se o Facebook não serve para ajudar os amigos com a divulgação, não serve para nada, quanto a mim...).
Durante algum tempo, só ligava o Facebook à noite, em casa, porque caí na asneira de experimentar uns jogos e fiquei um bocadinho viciada (assunto que já resolvi :D ).
Nos últimos meses, habituei-me a ligá-lo o dia todo.
E, infelizmente para mim, comecei a ter mais tempo para me "distrair" com certas publicações... :/

Reparo que há pessoas que vibram demais com a popularidade que têm (ou não têm) no  Facebook. Partilham textos ou fotos, ou qualquer tipo de material, e se não tiverem 500.000 likes, sentem-se infelizes.
Que publicam coisas do género "Se és meu amigo, partilha:", ou "Se gostas de mim, faz um like".
Obviamente, nem partilho nem faço like. A amizade e o interesse pelas pessoas não se mede por esse tipo de atenção. Prefiro mandar-lhes uma mensagem privada ou ligar-lhes, mesmo, se sinto que estão nalgum período de carência de mimo.
E, um dia destes, dei comigo a sentir-me, de algum modo, perturbada pela ausência de likes de certas pessoas nas minhas publicações, e até com a ocultação de determinados comentários meus nas suas cronologias.

Foi uma sensação que durou 2 segundos: o segundo em que senti e o segundo em que me apercebi do que estava a sentir.
Depois, enxotei de mim essa sensação, na absoluta consciência que cada um faz o que quer na sua página e faz likes onde bem entender, e que não me devo sentir "menos bem" por causa disso.
Que, tal como eles, eu faço o mesmo, embora seja um pouco mais cuidadosa na maneira como o faço (o único comentário que ocultei/retirei da minha página, foi seguida duma mensagem para essa pessoa, a explicar o motivo pelo qual o fiz), e que o facto de não fazer likes nalgumas publicações não significa que não tenha gostado ou não tenha lido. 
Significa apenas que faço o que quero, e não ando a trocar likes por likes, ou qualquer infantilidade do género. Que tenho a liberdade de o fazer. E que tenho de ser respeitada pelas minhas atitudes, tal como respeito as dos outros.
Dou comigo a pensar em como o Facebook nos poderá tornar "parte da manada" mesmo sem querermos. Começamos a ficar formatados para uns determinados objectivos, sentires ou pensares, se não estivermos atentos.

Dou comigo a pensar no tempo que perdi em coisas pouco importantes (ir no nível 1050 dum jogo, significa que perdi MUITAS HORAS nesse jogo, horas essas que poderiam ter sido, QUASE TODAS, melhor aproveitadas), e em como acabo por ler comentários infelizes em textos polémicos (o caso dos refugiados, por exemplo), que tornam o Meu Mundo mais triste e podre...
E, no Meu Mundo, ainda mando eu. E não quero determinada sujidade a entrar-me pelos olhos dentro, não quero ver certas podridões.
Porque eu sei que elas existem, e não estou alheia ao sofrimento de uns, nem às maldades de outro.
Mas tenho o direito de não ser bombardeada com as mesmas notícias horas a fio, tenho o direito de AGIR para melhorar o Meu Mundo (tenho o direito E o dever de agir, mais do que apenas "falar" sobre as coisas), tenho o direito de descansar e de me isolar da estupidez humana que pulula pela internet, escudada pelo "anonimato".
De facto, começo a ter vontade de desligar a internet mais vezes, e durante mais tempo.
Começo a ter saudades do Tempo em que não existia Facebook nem "redes sociais", que de "sociais" têm cada vez menos... E, se as redes sociais aproximam pessoas (como aconteceu comigo), também afastam pessoas e as isolam.
Tudo isto já se começa a parecer com um imenso rebanho cheio de ovelhas, cães, lobos, e uns alguns armados em pastores.
E eu, que não faço questão de ser lobo, ou cão, ou pastor, também nunca gostei da ideia de pertencer à carneirada... :P

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